Cidade do vinho 2025
Cidade do vinho 2025

Em setembro de 2025, a Cidade do Vinho continua a animar o Alentejo. Descubra os cinco concelhos anfitriões e os seus eventos ligados à vinha e ao vinho.

Um ano inteiro dedicado ao vinho no coração do Alentejo

Estamos em meados de setembro de 2025 e o título de Cidade do Vinho já marcou em força o calendário cultural português. A distinção, atribuída pela Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV) e pela Recevin – Rede Europeia de Cidades do Vinho, trouxe para o centro das atenções a Serra d’Ossa e os cinco concelhos que a rodeiam: Alandroal, Borba, Estremoz, Redondo e Vila Viçosa.

Ao longo destes meses, o vinho e tudo o que o envolve — desde a gastronomia à música, passando pela tradição e pela inovação — têm dado o tom de uma programação diversificada que promete continuar até ao final do ano.

Balanço até setembro: tradição, festa e identidade

Desde o arranque oficial em janeiro, multiplicaram-se os momentos altos. Os visitantes têm vivido experiências únicas em feiras gastronómicas, festivais de música popular, eventos académicos dedicados à viticultura e celebrações tradicionais que reforçam a identidade de cada município.

O mote escolhido para 2025, “Vinhos da Serra d’Ossa – Identidade e Futuro – Marcas que deixam História”, tem servido de fio condutor. Até aqui, já se provou que a cooperação entre os cinco concelhos não é apenas uma estratégia turística, mas também um projeto cultural sólido que coloca o Alentejo no mapa europeu do enoturismo.

Os cinco concelhos anfitriões e os seus destaques vínicos

Alandroal: o vinho à mesa com o peixe do rio

O Alandroal trouxe para o calendário da Cidade do Vinho o seu famoso Festival do Peixe do Rio, onde os vinhos da região harmonizam com pratos de tradição ribeirinha, como o ensopado de enguias ou o achigã frito. Ao longo de 2025, o concelho tem sabido mostrar como o vinho pode ser o parceiro perfeito para sabores menos óbvios, mas autênticos.

Além disso, os percursos pedestres junto ao rio Guadiana têm atraído enoturistas que procuram experiências que misturam natureza e gastronomia.

Borba: a terra onde o vinho é rei

Borba dispensa apresentações quando se fala em vinho. A sua Festa da Vinha e do Vinho, realizada no outono, é já uma tradição nacional, e em 2025 ganhou ainda mais projeção por integrar o calendário oficial da Cidade do Vinho.

Até setembro, Borba destacou-se com provas comentadas de vinhos premiados e visitas a adegas familiares. A riqueza do terroir e a qualidade reconhecida das castas locais têm atraído enólogos, críticos e curiosos de todo o país.

Estremoz: entre mármore, história e vinha

Estremoz tem sabido ligar a imponência do seu património — com destaque para o castelo e para o mármore — ao vinho e à agricultura. A Feira Internacional de Agropecuária de Estremoz (FIAPE) foi um dos momentos altos do primeiro semestre, juntando produtores, artesãos e restaurantes numa verdadeira celebração dos sabores alentejanos.

O vinho esteve sempre em primeiro plano, quer em degustações, quer em workshops sobre inovação vitivinícola. Até setembro, Estremoz foi também palco de concertos e eventos culturais que mostraram como tradição e modernidade podem andar de mãos dadas.

Redondo: ruas floridas e copos cheios

Se há imagem que marca Redondo, é a das suas Ruas Floridas, decoradas de forma artesanal pela população, que em 2025 voltaram a encantar milhares de visitantes. Entre flores de papel e instalações criativas, não faltaram espaços dedicados ao vinho, reforçando a ligação entre estética, tradição e prazer à mesa.

Ao longo do ano, Redondo tem sido também palco de colóquios sobre sustentabilidade na vinha, mostrando que o futuro do vinho passa por práticas amigas do ambiente.

Vila Viçosa: nobreza, devoção e enoturismo

Em Vila Viçosa, a ligação entre vinho, património e espiritualidade esteve em destaque com a Festa dos Capuchos, que em 2025 ganha nova vida ao integrar experiências vínicas. Os claustros, as igrejas e os espaços nobres da cidade foram cenários de concertos e provas que misturaram cultura e enologia.

A proximidade com o Paço Ducal e a forte tradição do mármore deram ao vinho um palco único, onde passado e presente se cruzaram em harmonia. Até setembro, Vila Viçosa afirmou-se como um dos destinos mais procurados pelos enoturistas.

O que ainda falta viver até dezembro

Com o verão a dar lugar ao outono, a Cidade do Vinho 2025 está longe de terminar. O calendário até dezembro inclui:

  • Vindimas abertas ao público, onde os visitantes podem participar na apanha da uva e em pisa de lagar à moda antiga.
  • Conferências e seminários sobre o futuro da viticultura e do enoturismo no Alentejo.
  • Eventos gastronómicos de outono, com destaque para os pratos de caça, sempre bem acompanhados de vinhos robustos da região.
  • Mercados e feiras natalícias, que encerrarão o ano em ambiente festivo, juntando artesanato, produtos locais e, claro, vinho.
  • A Cidade do Vinho não é apenas um rótulo de prestígio. É um projeto de valorização cultural, económica e turística. Para os cinco concelhos, 2025 tem sido um ano de visibilidade acrescida, atraindo novos visitantes e reforçando a autoestima local.

A ligação entre vinho, território e comunidade está mais forte, e as marcas que ficam — na paisagem, na economia e na memória coletiva — ultrapassam largamente a dimensão do evento.

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